Bilhetagem eletrônica e renovação da frota estão entre as modificações
Foi lançado no mês de Maio deste ano, o decreto de Lei nº 5519 que estabelece mudanças no transporte coletivo urbano de Pelotas. Para os usuários que utilizam mais de um ônibus para se deslocar, o benefício será a economia no bolso. Já para as empresas, as alterações podem significar prejuízo.
Segundo a lei, os empresários terão até o dia 1º de Julho deste ano para reduzir a idade média da frota. Hoje os veículos tem em média doze anos e meio. Com a nova determinação poderão ter até oito. Além disso fica determinada a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, que consiste em facilitar a mobilidade dos usuários: agora será possível passar por mais de um bairro com apenas uma passagem. As empresas deverão se enquadrar no novo sistema até o dia 15 de Agosto de 2012.
Em Fevereiro deste ano foi feito o lançamento da licitação para as mudanças no transporte coletivo, mas através de uma liminar do Tribunal de Contas do Estado, atualmente o processo está suspenso. "Não poderíamos esperar a decisão do Tribunal e perder tempo para implantar um sistema que será apenas favorável para a população", disse Fetter. Ele disse ainda que "os prazos já foram dados e terão que ser cumpridos pelas empresas".
A lei diz ainda que o sistema atual de vale transporte continuará valendo. A diferença é que ele não garantirá os benefícios da bilhetagem eletrônica. Para os idosos nada mudará: os lugares preferenciais continuarão do mesmo jeito. Os cobradores de ônibus seguem no cargo, mesmo com o novo sistema eles permanecem com o emprego.
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| Sistema atual de vale transporte. Foto: Patrícia Porciúncula |
Segundo a estudante de jornalismo Isabella Ibargoyen a mudança será satisfatória já que "entre o deslocamento para o trabalho e a faculdade utilizo por dia no mínimo cinco vales transportes. Agora além de garantir maior segurança a economia vai fazer a diferença no fim do mês", disse.
Quem mostrou preocupação com a mudança foi o representante dos empresários de Pelotas. "Agora faremos uma reunião com os proprietários das empresas para ver quais serão as medidas necessárias. Teremos que investir fortemente já que será necessária a renovação da frota e isso poderá nos trazer grande prejuízo. Precisávamos de mais tempo para planejar", disse Jorge Oehlschlaeger.
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