quinta-feira, 26 de abril de 2012

Jornalistas no Esporte

Você acha que é necessário ser jornalista para falar sobre futebol?



Em um dos principais programas de esporte da televisão Brasileira os apresentadores despertam uma dúvida. No Esporte Espetacular que vai ao ar todos os Domingos pela manhã os apresentadores são ex-esportistas sem graduação em Jornalismo. Alexandre Ramos Samuel, o Tande e Glenda Kozlowski formam a dupla de apresentação do programa: o primeiro ex-jogador de vôlei, e a segunda era bodyboarder brasileira. Mas será que eles tem conhecimento suficiente do meio televisivo para ocupar um espaço tão importante e de responsabilidade da televisão?

Em um vídeo que foi publicado na internet mostra uma "gafe" do apresentador Tande. Veja abaixo:



Para muitos, o erro cometido no vídeo é o retrato da falta de estudo e entendimento sobre o jornalismo. "É conhecimento básico do jornalista que é necessário estar no lugar de ponto de ao vivo pelo menos 30 minutos antes da transmissão. Além disso é necessário se concentrar, ler e reler o texto, compreender a informação que vai passar. O repórter tem que estar concentrado porque pode aparecer na tela da televisão a qualquer momento", disse a coordenadora de Jornalismo da TV Nativa, Nathalia King, que defende o profissional diplomado para exercer funções nos meios de comunicação: "O jornalista estuda quatro, cinco anos para ter a capacidade de fazer o mesmo. E mais, muitos deles (e principalmente na área do esporte) se especializam, então vão ter o conhecimento técnico para comentar sobre qualquer esporte", completa a coordenadora.


Nathalia King apresentadora do Nativa 12 horas     foto: Katiucia Fichel

Em Pelotas existe exemplos de pessoas que ocupam posições na mídia e que também não são diplomados. Na TV Nativa o comentarista que diariamente expõe opiniões não é formado. André Muller, é estudante de Educação Física e faz comentários também para uma emissora de rádio." Acho que seria importante, não fundamental, já que o cargo que ocupo é opinativo e relacionado a um assunto específico e é complementado com matérias e apresentação de colegas com, ou em formação acadêmica no jornalismo", disse André.

Já o apresentador do Nativa Esportes, mesmo programa de André Muller, é estudante do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, da Universidade Católica de Pelotas. Bruno Halpern acredita que "A experiência de quem já viveu com o esporte pode refletir em um comentário com mais sabedoria e conhecimento do que de um repórter que terá antes que estudar o assunto para poder falar sobre ele", diz.

Quanto ao colega da emissora, o apresentador defende a bagagem de mais de 20 anos do comentarista: "Pessoas em contato com o esporte há anos e também ex-atletas estão ocupando principais espaços na televisão mesmo que muitas vezes não utilizando a gramática mais adequada ou seguindo regras básicas de telejornalismo, pelo fato de terem propriedade para falar do assunto", disse Bruno. Mas ainda segundo ele, detalhes técnicos fazem a diferença: "A atenção antes de entrar no ar e posicionamento em frente às câmeras são coisas que te ensinam na universidade e por isso acredito que quem está em algum veículo, passando informações às pessoas, deveria estudar jornalismo. Para mim, seria o correto.", completa o apresentador.

Bruno e André no Nativa Esportes      Foto: TV Nativa

Exemplos a nível nacional podem ser presenciados em transmissões de jogos de futebol. Muitas vezes em jogos da Seleção Brasileira, como na Copa do Mundo, a apresentação é feita por Galvão Bueno (situação de André Muller, de Pelotas, na área há muitos anos)  e por Walter Casagrande, ex jogador de futebol sem nenhum conhecimento de jornalismo.

Galvão Bueno e Casagrande ao vivo pela TV Globo   foto: Blog Odir Cunha


Sérgio Cabral     Foto: Diário Popular
Diferentemente do ex-jogador Casagrande, em Pelotas existe ainda um outro exemplo: um antigo esportista hoje atua em importante emprego. Sérgio Cabral está há 19 anos no Diário Popular e hoje ocupa o cargo de coordenador de esportes da empresa. Nunca foi formado em jornalismo mas tem na carreira cargos de técnico e assistente de futsal e gandula. "Acho que não necessariamente precisa ter diploma para atuar, mas a pessoa tem que ter conhecimento na área, já ter vivido alguma experiência no esporte e claro, ter escolaridade", disse Cabral.




"Acho que a soma das situações (formação acadêmica e conhecimento específico) é o ideal. Apenas ter a formação jornalística não significa qualidade. Tampouco ter sido esportista, de maneira isolada, representa ter capacidade para desempenhar qualquer função na comunicação" destaca o comentarista da TV Nativa. 

"Às vezes acho que o telespectador acredita na informação repassada por um ex-atleta sem graduação na Comunicação porque ele é uma pessoa pública, que já fez sucesso na área. Mesmo assim, não cursou a Comunicação, não conhece os métodos de apuração da informação e - principalmente - não tem em mente o foco de manter a ética e a imparcialidade da notícia. O jornalista já leva mais a sério, pois estudou as teorias e sabe como proceder" completou a jornalista Nathalia King.

Um conflito de opiniões é formado. Porém independente da formação, o consenso que se chega é que a notícia e a informação deve ser passada de maneira correta e com credibilidade.  O telespectador acredita naquilo que lê e naquilo que assiste na televisão. 

Toda esta responsabilidade, segundo a coordenadora de jornalismo, Nathalia King, é atribuida à empresa contratante do profissional "Cabe ao diretor do veículo de televisão, por exemplo, compreender o quão importante é seguir essa linha e não contratar profissionais que não estejam aptos para o trabalho. Só assim, o veículo ganha credibilidade junto aos telespectadores mais exigentes."



  •     A entrevista feita por email com a coordenadora de Jornalismo da TV Nativa Record, Nathalia King, você pode conferir na íntegra. A jornalista é formada há 4 anos pela Universidade Católica de Pelotas.

Patrícia:  O que achas do meio esportivo na mídia estar cada vez com menos jornalistas e com mais ex-atletas?

Nathalia: Acredito que é um erro. Geralmente os comentaristas contratados são ex-atletas, pessoas que já tiveram influência no mundo do esporte e que, pela prática, possuem conhecimento sobre o assunto. Creio que seja interessante lançar mão dessas opiniões em reportagens produzidas, focadas em algum assunto, porque pode ser um diferencial. Mas quanto a ser comentarista fixo de alguma emissora acho um erro. O jornalista estuda quatro, cinco anos para ter a capacidade de fazer o mesmo. E mais, muitos deles (e principalmente na área do esporte) se especializam, então vão ter o conhecimento técnico para comentar sobre qualquer esporte.

Patrícia: Achas que a informação pode ficar comprometida se transmitida por um ex-atleta sem graduação na comunicação?

Nathalia: Às vezes acho que o telespectador acredite na informação repassada por um ex-atleta sem graduação na Comunicação porque ele é uma pessoa pública, que já fez sucesso na área. Mesmo assim, não cursou a Comunicação, não conhece os métodos de apuração da informação e - principalmente - não tem em mente o foco de manter a ética e a imparcialidade da notícia. O jornalista já leva mais a sério, pois estudou as teorias e sabe como proceder.

Patrícia:  Um exemplo que foi muito divulgado nas redes sociais foi a "gafe" cometida ao vivo pelo apresentador Tande. A que aderes este fato? A falta de conhecimento do meio jornalístico? A "gafe" pode ser acessada em: http://www.youtube.com/watch?v=0tiLKiI50Fc

Nathalia: Com certeza. É de conhecimento básico do jornalista que é necessário estar no lugar de ponto de ao vivo pelo menos 30 minutos antes da transmissão. É necessário se concentrar, ler e reler o texto, compreender a informação que vai passar. E quando falta, por exemplo, um minuto para o ao vivo, o repórter tem que estar concentrado, porque pode aparecer na tela da televisão a qualquer momento. Aparecer na televisão - no jornalismo - não é um espetáculo, algo para ficar bonito. É para repassar uma informação, sem atuações.

Patrícia:
Por que acreditas que cada vez mais os esportistas estão tomando conta do meio televisivo? A importância do diploma está sendo esquecida na tua opinião?

Nathalia: Creio que virou modismo. Talvez porque o telespectador aceite esse tipo de transmissão. Ver alguém famoso, que já atuou na área passa algum tipo de credibilidade para quem assiste aos jogos. Os grandes meios só contratam os esportistas porque existe algum tipo de aceitação na audiência. Só que o interessante é que não passa daquilo, somente um comentário. O positivo de chamar um jornalista para o trabalho é que o mesmo ainda pode ir a campo, realizar reportagens, entrevistas ao vivo porque ele sim, possui o conhecimento necessário, é um profissional completo.

Patrícia: Achas que o papel da empresa é fundamental na hora de escolher o profissional para trabalhar no meio esportivo?
 

Nathalia: Com certeza. É claro que os jornalistas que já trabalham na emissora prezam essa contratação de profissionais com diploma. Mas cabe ao diretor do veículo de televisão compreender o quão importante é seguir essa linha e não contratar profissionais que não estejam aptos para o trabalho. Só assim, o canal de televisão ganha credibilidade junto aos telespectadores mais exigentes.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Como pensar jornalismo online - Teorias

Teoria do Gatekeeping


Escolhi a teoria do Gatekeeping para analisar porque acho que ela é a que envolve grande credibilidade no jornalismo. A teoria está relacionada ao fato de existir uma pessoa centralizadora do poder, uma pessoa responsável a tomar as decisões do que será utilizado ou não. Atualmente o número de notícias que são atualizadas nos grandes portais é muito grande, o volume cada vez está maior. Para ter uma pessoa capaz de verificar tudo para então ser publicado atrasaria e muito o processo. Mas mesmo assim acho necessário, pois é a pessoa mais identificada com a empresa, que sabe aquilo que não estaria de acordo com as metodologias do local. Acho que atualmente esta teoria está cada vez menos utilizada. As pessoas estão se responsabilizando e publicando materiais sem a aprovação de um superior. Ter um responsável aumenta a credibilidade do site, o grau de confiança do leitor. Acredito que este modelo deveria ser seguido em todas as empresas, principalmente, nas grandes. Mas seria inviável apenas uma pessoa centralizadora de tanta informação, portanto, poderiam exercer a função mais de um profissionais.

Ex: é possível perceber que a editoria do G1 está se perdendo em alguns aspectos. O que deveria ser um jornalismo de grande credibilidade aos poucos está se transformando em notícias fúteis, como: mulheres semi-nuas nas capas. Prova disso pode ser visto na notícia: "Jesus Luz curte praia com amigas" http://ego.globo.com/famosos/noticia/2012/04/jesus-luz-curte-praia-com-amigas-no-rio.html.  


Isto prova que a editoria se perde em alguns aspectos. O jornalismo se confunde com notícias sem importância para o cotidiano.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Três acidentes em apenas um dia

O cruzamento das ruas Santa Cruz com General Neto registra frequentemente acidentes

 

Somente em um dia, na última segunda-feira (09), a esquina entre as ruas Santa Cruz e General Neto em Pelotas/RS contabilizou três acidentes com danos materiais. A frequência que as colisões tem ocorrido no local traz preocupação aos condutores. Mesmo com tantas ocorrências a secretaria de Segurança Transporte e Trânsito (SSTT) do município não deverá fazer alterações na sinalização do local.


Marcas deixadas no chão após os acidentes    Foto: Saulo Noguês


Enquanto os agentes de trânsito registravam ocorrência do acidente entre dois taxistas que colidiram os veículos na esquina, simultanealmente outra fatalidade aconteceu. Desta vez, uma moto foi atingida por um carro. Segundo os agentes de trânsito o principal motivo das ocorrências é a imprudência dos condutores que trafegam pela Santa Cruz.

Táxi envolvido em um dos acidentes   Foto: Saulo Noguês

"A General Neto é inclinada, o que gera é uma dificuldade a mais para os motoristas, a situação faz com que os condutores muitas vezes passem reto, sem olhar para a direita", diz o agente de trânsito Kalel Amarilho.

Um fato importante: a rua Santa Cruz é preferencial em quatro quadras anteriores a do cruzamento com a General Neto, nas ruas: 7 de Setembro, Princesa Isabel, Barão de Butuí e Lobo da Costa. 



Quando os motoristas chegam na General Neto, muitas vezes com a velocidade mais avançada, passam despercebidos e não param. O agente de Trânsito disse ainda que já presenciou colisões bastante sérias no local "Já vi um carro capotar duas vezes e quase atingir um pedestre", disse Kalel.

A dificuldade para trafegar no local é válida também para pedestres "o tempo para os pedestres é curto, muitas vezes eles atravessam na frente dos carros, ou os carros não esperam os pedestres passarem e aí acontecem coisas trágicas", completou o agente.

Kalel ainda salienta uma dica importante, válida para o trânsito em toda cidade: "Na dúvida de qual rua for preferencial, pare nas duas esquinas."  

O superintendente de Transportes e Trânsito de Pelotas informou que a sinalização do local está adequada. Todas as medidas possíveis foram feitas nas ruas: um alerta piscante na esquina da Santa Cruz, chão pintado e placas de "Pare" nos dois lados nas duas vias. Ele disse ainda que o problema do local é a distração dos motoristas.


Acidente registrado no cruzamento da Santa Cruz com Gen. Neto     Foto: Saulo Noguês

O telejornal Nativa 12 Horas da TV Nativa/Rede Record fez uma reportagem completa sobre os acidentes no cruzamento. Você pode conferir no site da emissora www.nativatv.com.br, ou acessar o vídeo abaixo:





terça-feira, 3 de abril de 2012

Pinterest: A rede social que veio para virar moda

A rede já existe desde 2009 mas agora que está virando mania dos internautas


Foto: Ecommercenews

 

Pinterest é a rede social do momento. O objetivo do site é permitir ao usuário criar e compartilhar quadros de fotos virtuais, ou seja: ter seu mural de recados e arquivos no espaço online. 

 

A rede já existe desde 2009, mas começou a ser mais utilizada apenas um ano depois. Nos Estados Unidos o site já virou mania, em apenas um mês dez milhões de usuários aderiram ao Pinterest

Foto: tek.sapo.pt

 

 

A rede social é mania principalmente entre as mulheres que totalizam cerca de 80% dos utilizadores. Um dos motivos que fez com que o público feminino se identificasse com o site é a possibilidade de divulgar fotos de moda e beleza no espaço.

 

 

Em resumo, o Pinterest é um grande mural de imagens. O internauta entra na rede social para compartilhar imagens e vídeos que julgar interessante. O diferencial dos outros sites já existentes com estas funções, é a possibilidade de dividir a imagem em boards, ou seja, em murais como representado na foto abaixo:


Site: vejaisso

 

Com rapidez é possível criar um mural bonito, organizado e fácil de encontrar as publicações. Além disso as pessoas podem fazer comentários e dar sugestões para deixar o mural ainda mais interessante. 

 

Como prova do sucesso da nova rede social, apenas em Dezembro de 2011, o Pinterest ficou em quinto lugar na lista das dez maiores redes sociais do mundo, superando o Linkedln e o Google+. Em Janeiro de 2012 o número de visitantes aumentou em 155%.  


 

 

Para entrar no site é necessário fazer um cadastro pelo site: 

http://pinterest.com/ 





 

Entenda a linguagem do Pinterest:

 

 No site são utilizadas as expressões: Pin, Board, Like, Re-pin, Follow.

 

  • Pin: Ato de publicar alguma imagem em um board da rede social.  


  • Board:  São os murais onde você pode categorizar as imagens dividindo-as por tenas específicos. O usuário pode criar quantos boards quiser.

 

  •  Like: O like do Pinterest é uma forma rápida e objetiva de demonstrar o quanto você curtiu aquilo que o seu contato opinou.
     
  •  Re-pin: Compartilhar um Pin. Assim você publica em seu perfil algo que um amigo tenha postado em um board. Ao dar o re-pin você tem a opção de escolher qual board vai hospedar a imagem.



  • Follow: Ao entrar no perfil de uma pessoa você visualiza logo abaixo da foto de exibição, no canto esquerdo da tela (veja na imagem ao lado), o botão "follow all". Clique nele e siga os boards daquele perfil ou clique em um dos murais e selecione o botão follow.

 

 

Foto: tek.sapo.pt

 Entenda na prática:


- 63 likes - significa que este número de usuários gostou da publicação.

- 2 comments - número de pessoas que comentaram a foto

- 182 repins - número de pessoas que compartilhou a imagem